Com a cheia do Rio Negro, a água sobe pelos bueiros e afasta consumidores do local
Manaus –
O comércio próximo ao Porto de Manaus já soma prejuízos de até 70% nas
vendas com a cheia do Rio Negro. Comerciantes se queixam da queda na
movimentação de clientes. As lojas da Rua Barão de São Domingos são as
mais afetadas. Em muitas, as águas do rio misturadas com esgoto já
entraram nos estabelecimentos. Na Rua Jardim dos Barés, clientes e
carregadores dividem a mesma ponte improvisada.
Vinda
pelos bueiros, a água já chegou na Avenida Eduardo Ribeiro, próximo ao
Relógio Municipal, e tem afastado consumidores. “Dificulta o acesso e
as pessoas deixam de entrar na loja com medo de chover e ficarem
presas”, afirma a operadora de caixa da Bina Modas, Lidiane Lima.
Segundo
a vendedora da Milano Modas Francisca Valéria, os clientes reclamam do
mau cheiro e da velocidade com que os carros passam narua, espalhando a
água suja. “Desse jeito, ninguém quer vir para cá”, frisa.
A
exemplo de2009, aloja Grupo Baiano já construiu uma barreira de
concreto na entrada. O responsável pela loja, Francisco Mourão,
demonstra preocupação com a subida das águas e diz que o movimento
caiu cerca de 40%. Com a subida das águas, as mercadorias ficarão em
cima de paletes.
Para
Carlos Cordeiro, gerente de outro estabelecimento na mesma rua, as
vendas estão 70% abaixo do normal e os principais compradores,
população do interior, não estão comparecendo ‘em massa’.
Na
Casa Manarte, que está na Barão de São Domingos há 95 anos, o atual
proprietário José Manarte guarda fotos da cheia histórica de 1953. No
estabelecimento, as vendas já caíram 60%.
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