Produto Fictício: A pílula do conhecimento
I - A busca da superação ao longo do tempo
Alguns soldados do
império romano comiam alho puro, pois acreditavam que lhes dava inspiração (sem
falar na prova de coragem que era comer). Entre outros povos, o costume era
beber cerveja na expectativa de que o álcool conferisse aos soldados a bravura
necessária para o combate. No século XVI, o famoso filósofo Francis Bacon
admitidamente consumia uma série de produtos, de tabaco a açafrão, na
expectativa de tornar sua mente mais afiada. O escritor Honoré de Balzac, no
início do século IX, tomava café para produzir, porque a bebida “afasta o sono
e nos dá a capacidade de nos manter por mais tempo no exercício de nosso intelecto”.
E Sigmund Freud acreditava que a cocaína pudesse ser um poderoso auxílio para a
mente. Mas os estimulantes só entraram na era moderna em 1929, quando o químico
Gordon Alles introduziu o uso médico das anfetaminas (para tratar asma e
bronquite). Na segunda guerra mundial, tanto os nazistas quanto os aliados
distribuíram a droga a seus soldados. (Nogueira, 2009)
II - O mercado do produto
Atualmente o exército
dos Estados Unidos subministra aos soldados alguns medicamentos, sendo que o
consumo não pode ser recusado por eles. O
efeito dessas substâncias aos soldados é um melhor desempenho, maior capacidade
de descriminação e reflexos apurados, tornando-se verdadeiras máquinas de matar
extremamente eficientes. (Rizzolo, 2009)
Conforme a química
evoluiu, as drogas foram se sofisticando, com isso pesquisadores descobriram
várias substâncias como a ritalina, concerta, atomoxetina e modafinil que
auxiliam tanto no combate a doenças (Alzheimer, Parkinson, esquizofrenia,
hiperatividade entre outras), como no aprendizado em estudantes. (Rizzolo, 2009)
Calcula-se que cerca de
7% dos alunos universitários dos Estados Unidos já consomem essas substâncias,
e em alguns campi, o consumo pode atingir 25% dos estudantes.
III - A dinâmica da curva da demanda na sala de aula
A ideia de lançar esse
produto fictício surgiu devido à proximidade da data da prova de matemática
para a turma de calouros de economia. Um produto assim, na hora certa, seria
bem recebido pelos estudantes.
A equipe de
pesquisadores apresentou o produto ao público, durante a aula de Introdução à
Microeconomia, ministrada pela professora Rosana Zau Mafra, em 3 de abril deste
ano. Fazem parte dessa equipe os seguintes pesquisadores com suas respectivas
funções:
·
Dalcicleia Sabino Ramos, contadora;
·
Edil de Souza Nolorves, gerente de
marketing;
·
Luciana Marcela Cativo Almeida,
farmacêutica pesquisadora;
·
Rafael Campelo da Cunha, coordenador de
estatística;
·
Rúbia Balbi, engenheira química
pesquisadora.
Como estratégia, o gerente
de marketing da empresa divulgou o folder do produto, descrevendo suas
principais características, composição, indicações e vantagens. Destacou-se que
o produto é totalmente natural e valoriza as riquezas locais, como açaí,
jaraqui, tucumã e guaraná.
O maior impacto
provocado no público aconteceu durante a apresentação dos resultados que o uso
da pílula traz para a capacidade de armazenamento do cérebro. Compararam-se os
resultados da capacidade cerebral de pessoas que não usam a pílula com aquelas
que a usam, por turno, conforme a tabela 1 abaixo:
Tabela 1 |
*Assim como o corpo, o cérebro também
fica cansado, ocasionando na maioria das vezes a dor de cabeça e o “Stress”. São vários os fatores que
contribuem para a perda na capacidade de armazenamento à noite, entre eles: o
trabalho, o trânsito nas grandes cidades, e o clima.
A receptividade do
público foi positiva. Como era esperado, por se tratar de uma inovação
tecnológica com aplicação no mundo acadêmico, o público, composto
principalmente de estudantes universitários, não demonstrou barreiras na
aceitação da ideia da pílula Einstein. Ademais, o nome do produto – Einstein –
ajudou no seu marketing. O público, possivelmente, viu os benefícios do produto
refletidos na imagem do grande cientista. E quem não quer parecer –
intelectualmente – com Albert Einstein?
Como revelado na tabela
2, que mostra a demanda pela pílula por preço apresentado, percebemos que, o
convencimento da compra já havia acontecido antes mesmo da primeira oferta, uma
vez que houve alta quantidade demandada do produto nesse momento. Notamos que nem o aumento do preço foi capaz
de diminuir substancialmente o interesse pela compra.
Tabela 2 |
Os dados da tabela
acima foram organizados no gráfico abaixo, apresentando a curva da demanda para
a pílula do conhecimento, em 3/4/2012, para os alunos de Introdução à
Microeconomia da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Assim ficou a curva
da demanda:
3.1 – Folder do Produto (Produto Fictício)
Após anos de estudos,
pesquisadores brasileiros do Instituto de Neurocirurgia e Neurologia da
Amazônia Ocidental (INAO), encontraram substâncias capazes de melhorar o
processamento e armazenamento do cérebro. Essas substâncias, juntas, são
capazes de melhorar a assimilação de conteúdo de forma eficiente, facilitando o
aprendizado de estudantes, além de diminuir a perda de memória de pessoas que
sofrem ou sofreram com esse problema, o caso de pessoas que tiveram Acidente
Vascular Cerebral (AVC).
·
Imagine uma pílula que não causasse
efeitos colaterais e que depois de tomá-la seu QI aumentasse vários pontos.
Você usaria?
·
Melhora o desempenho da inteligência!
·
Você que possui dificuldade de
aprendizado nas mais diversas disciplinas. Não perca tempo!
Uma pílula totalmente
natural, tendo como composição:
·
Caroço de Tucumã (substância encontrada
no caroço do Tucumã).
·
Ômega 3, presente no Jaraqui.
·
Palmito
de açaí.
· Guaraná.
Einstein - A pílula do conhecimento |
REFERÊNCIAS
RIZZOLO,
Roelf Cruz. A pílula da inteligência vem
aí. Você tomaria? (10 mai 2009) Disponível em : <http://blog.sbnec.org.br/2009/05/a-pilula-da-inteligencia-vem-ai-voce-tomaria/>
Acesso em: 14 abr. 2012.
NOGUEIRA,
Salvador. A pílula da inteligência
(Nov 2009). Disponível em: <http://super.abril.com.br/ciencia/pilula-inteligencia-625149.shtml>
Acesso em: 14 abr. 2012.
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