domingo, 4 de novembro de 2012

Atividade prática sobre a curva de demanda – 3/4/2012

Produto Fictício: A pílula do conhecimento 

I - A busca da superação ao longo do tempo

Alguns soldados do império romano comiam alho puro, pois acreditavam que lhes dava inspiração (sem falar na prova de coragem que era comer). Entre outros povos, o costume era beber cerveja na expectativa de que o álcool conferisse aos soldados a bravura necessária para o combate. No século XVI, o famoso filósofo Francis Bacon admitidamente consumia uma série de produtos, de tabaco a açafrão, na expectativa de tornar sua mente mais afiada. O escritor Honoré de Balzac, no início do século IX, tomava café para produzir, porque a bebida “afasta o sono e nos dá a capacidade de nos manter por mais tempo no exercício de nosso intelecto”. E Sigmund Freud acreditava que a cocaína pudesse ser um poderoso auxílio para a mente. Mas os estimulantes só entraram na era moderna em 1929, quando o químico Gordon Alles introduziu o uso médico das anfetaminas (para tratar asma e bronquite). Na segunda guerra mundial, tanto os nazistas quanto os aliados distribuíram a droga a seus soldados. (Nogueira, 2009)

II - O mercado do produto

Atualmente o exército dos Estados Unidos subministra aos soldados alguns medicamentos, sendo que o consumo não pode ser recusado por eles. O efeito dessas substâncias aos soldados é um melhor desempenho, maior capacidade de descriminação e reflexos apurados, tornando-se verdadeiras máquinas de matar extremamente eficientes. (Rizzolo, 2009)

Conforme a química evoluiu, as drogas foram se sofisticando, com isso pesquisadores descobriram várias substâncias como a ritalina, concerta, atomoxetina e modafinil que auxiliam tanto no combate a doenças (Alzheimer, Parkinson, esquizofrenia, hiperatividade entre outras), como no aprendizado em estudantes. (Rizzolo, 2009)

Calcula-se que cerca de 7% dos alunos universitários dos Estados Unidos já consomem essas substâncias, e em alguns campi, o consumo pode atingir 25% dos estudantes.

III - A dinâmica da curva da demanda na sala de aula


A ideia de lançar esse produto fictício surgiu devido à proximidade da data da prova de matemática para a turma de calouros de economia. Um produto assim, na hora certa, seria bem recebido pelos estudantes.
A equipe de pesquisadores apresentou o produto ao público, durante a aula de Introdução à Microeconomia, ministrada pela professora Rosana Zau Mafra, em 3 de abril deste ano. Fazem parte dessa equipe os seguintes pesquisadores com suas respectivas funções:

·         Dalcicleia Sabino Ramos, contadora;
·         Edil de Souza Nolorves, gerente de marketing;
·         Luciana Marcela Cativo Almeida, farmacêutica pesquisadora;
·         Rafael Campelo da Cunha, coordenador de estatística;
·         Rúbia Balbi, engenheira química pesquisadora.

Como estratégia, o gerente de marketing da empresa divulgou o folder do produto, descrevendo suas principais características, composição, indicações e vantagens. Destacou-se que o produto é totalmente natural e valoriza as riquezas locais, como açaí, jaraqui, tucumã e guaraná. 

O maior impacto provocado no público aconteceu durante a apresentação dos resultados que o uso da pílula traz para a capacidade de armazenamento do cérebro. Compararam-se os resultados da capacidade cerebral de pessoas que não usam a pílula com aquelas que a usam, por turno, conforme a tabela 1 abaixo:

Tabela 1
*Assim como o corpo, o cérebro também fica cansado, ocasionando na maioria das vezes a dor de cabeça e o “Stress”. São vários os fatores que contribuem para a perda na capacidade de armazenamento à noite, entre eles: o trabalho, o trânsito nas grandes cidades, e o clima.

A receptividade do público foi positiva. Como era esperado, por se tratar de uma inovação tecnológica com aplicação no mundo acadêmico, o público, composto principalmente de estudantes universitários, não demonstrou barreiras na aceitação da ideia da pílula Einstein. Ademais, o nome do produto – Einstein – ajudou no seu marketing. O público, possivelmente, viu os benefícios do produto refletidos na imagem do grande cientista. E quem não quer parecer – intelectualmente – com Albert Einstein?

Como revelado na tabela 2, que mostra a demanda pela pílula por preço apresentado, percebemos que, o convencimento da compra já havia acontecido antes mesmo da primeira oferta, uma vez que houve alta quantidade demandada do produto nesse momento.  Notamos que nem o aumento do preço foi capaz de diminuir substancialmente o interesse pela compra.    



Tabela 2
Os dados da tabela acima foram organizados no gráfico abaixo, apresentando a curva da demanda para a pílula do conhecimento, em 3/4/2012, para os alunos de Introdução à Microeconomia da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Assim ficou a curva da demanda:



3.1 – Folder do Produto (Produto Fictício)
Após anos de estudos, pesquisadores brasileiros do Instituto de Neurocirurgia e Neurologia da Amazônia Ocidental (INAO), encontraram substâncias capazes de melhorar o processamento e armazenamento do cérebro. Essas substâncias, juntas, são capazes de melhorar a assimilação de conteúdo de forma eficiente, facilitando o aprendizado de estudantes, além de diminuir a perda de memória de pessoas que sofrem ou sofreram com esse problema, o caso de pessoas que tiveram Acidente Vascular Cerebral (AVC).
·                    Imagine uma pílula que não causasse efeitos colaterais e que depois de tomá-la seu QI aumentasse vários pontos. Você usaria?
·                    Melhora o desempenho da inteligência!
·                    Você que possui dificuldade de aprendizado nas mais diversas disciplinas. Não perca tempo!
Uma pílula totalmente natural, tendo como composição:
·                    Caroço de Tucumã (substância encontrada no caroço do Tucumã).
·                    Ômega 3, presente no Jaraqui.
·                    Palmito de açaí.
·                    Guaraná.

Einstein - A pílula do conhecimento

REFERÊNCIAS

RIZZOLO, Roelf Cruz. A pílula da inteligência vem aí. Você tomaria? (10 mai 2009) Disponível em : <http://blog.sbnec.org.br/2009/05/a-pilula-da-inteligencia-vem-ai-voce-tomaria/> Acesso em: 14 abr. 2012.

NOGUEIRA, Salvador. A pílula da inteligência (Nov 2009). Disponível em: <http://super.abril.com.br/ciencia/pilula-inteligencia-625149.shtml> Acesso em: 14 abr. 2012.


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